“O hábito de administrar as
finanças é mais importante do que a quantidade de dinheiro que você tem.”
1 – Conserte
o vazamento:
Imagine que o
encanamento de uma torneira em sua cozinha se rompa e comece a vazar uma grande
quantidade de água devido ao problema. Você tem duas opções: pode pedir aos
seus familiares e moradores de sua residência que levem menos tempo no banho, ou
pode sanar o problema na encanação da cozinha. A resposta parece simples. “Eu
consertaria a encanação!” foi o que você pensou, certo? Pois bem, no mundo
financeiro vê-se o posto. As pessoas têm gastos excessivos e desnecessários em
uma área da vida, mas tentam compensá-los em outras.
Um exemplo simples – muitas famílias
gastam verdadeiras fortunas anualmente com itens como alimentação extra
(guloseimas, sobremesas, refrigerantes) e entretenimento dos mais variados
tipos. Ao final de cada mês, culpam a conta de energia elétrica e os impostos
ordinários como IPTU e IPVA pela dificuldade financeira. Se estas mesmas
famílias fizerem os balanços de quanto gastam em itens fúteis ao longo do ano,
verão que os impostos representam uma parte pequeníssima das despesas.
Se você faz dois lanches por semana
fora de casa e gasta em cada um R$ 5,00, você terá gasto ao final do ano R$
520,00. Já se você compra refrigerantes no valor de R$ 4,20 duas vez por
semana, você gasta anualmente R$ 436,80 em refrigerantes. Só em refrigerantes e
lanches, você gastaria um total de R$ 956,80. Isso sem contar datas
comemorativas, como a Páscoa com seus chocolates, o Natal com sua ceia, o Ano
Novo com seus champanhas... Esse valor é superior ao IPVA e mesmo ao IPTU de
muitos brasileiros. Atue onde está o real problema. Não tente manter uma área
das finanças em detrimento de outras.
2 – Pare de pagar juros:
Imagine que você
tenha um salário de R$ 1.200,00 por mês – R$ 15.600,00 por ano e que um hacker
invada sua conta bancária e roube de você R$ 3.120,00. Assustador, não é? Isso
são 20% da sua renda anual. O brasileiro gasta de 25% a 30% dos seus proventos
anuais no pagamento de juros! No caso exposto acima, você perde de R$ 3.900,00
a R$ 4.680,00 no pagamento de juros de produtos/serviços que já adquiriu. Muito
mais do que o assustador hacker teria tirado de você. Assim você se torna o seu
maior ladrão! Evite cartões de crédito – eles dão a impressão de que temos mais
dinheiro do que realmente temos -; financiamentos com prazos a perder de vista
e protelar dívidas. Isso custa caro, mais caro do que um roubo de 20% de tudo o
que você ganha!
3 – São só R$ 2,00 – Gastos
periféricos:
Ao
final de 2011, tive uma conversa com uma conhecida em que explicava as
vantagens da economia doméstica. Após várias explicações – em vão – ela me
disse que, no dia seguinte, jogaria na Loteria. Ela disse: “São só dois reais.”
Será mesmo? Perguntei a ela como iria se deslocar até lá e ela me respondeu que
iria de carro. Respondi que o seu combustível – que é caro – não sairia de
graça e que talvez ela resolvesse comprar uma água mineral no caminho, afinal o
dia estava quente. Ela me disse: “Rafael, já parou para pensar se eu ganho R$
170 milhões?!” Disse a ela que, se ganhasse, ela poderia dizer publicamente que
eu estava errado quanto à qualidade da educação financeira por mim aplicada.
Resultado, ela gastou cerca de R$ 5,00 em combustível, R$ 2,00 em um jogo,
desconheço se fez outros gastos durante a viagem ao centro, teve um forte
desgaste emocional, conseguiu uma bela frustração e não ganhou um micro décimo
de centavo. Note que o plano era gastar um valor, no entanto, houve um gasto 150% maior do que o esperado! Então, sob
essa ótica, dois reais podem não ser apenas dois reais! Aprenda a calcular não
apenas os gastos “principais”, mas também os periféricos, ou seja, aqueles que
decorrem do processo ou que ocorrem durante o mesmo.
4 – Tempo é dinheiro:
Você pensa que sabe disso, mas sabe mesmo? Se você deseja
comprar um bem de consumo, você faz pesquisa de preços por toda a cidade, junta
o dinheiro, paga à vista e negocia um desconto; ou simplesmente sai, compra,
parcela o valor do produto e paga um absurdo em juros? Se você fizer pesquisas,
economia, negociação vai perder muito tempo, não é? Mas se parcelar é mais
rápido e custará muito mais caro! E por quê? Porque tempo é dinheiro! Você pode
economizar um ou outro, mas não os dois!
5 – Planejamento – Tecnologia do caderninho:
Anote tudo o que você gasta, sem exceção. Assim,
conhecerá melhor seus hábitos de consumo. Lembre-se: a estratégia é baseada em informações e estas se constituem através de dados, dados estes que você irá
colher e descobrir a respeito de si mesmo.
Antes de fazer
qualquer compra de qualquer natureza, pense não em quanto você ganha, e sim em
quanto sobrará dos seus proventos após a respectiva compra. Já na segunda
compra, tendo usado esse processo e tendo anotado seu histórico de consumo,
você começará a refrear seus impulsos e irá tornar-se mais sensível aos preços.
É aí que surge ambição e o desejo pelo rela crescimento financeiro de qualidade.
6 – Abandonando
o consumismo:
Pretende tocar o carro? Comprar um notebook novo, quem sabe? Faça a si mesmo a
seguinte pergunta: Por quê? – Por que preciso trocar meu carro? Por que preciso
de um notebook novo? Será que é mesmo uma necessidade ou estou querendo comprar
esses itens para ficar “dentro da moda”? “Quero o modelo de notebook que meu
amigo comprou. Quero um mais potente que seja capaz de processar o Software de
engenharia Autocad, assim como o do meu amigo.” Você ao menos sabe para que
serve esse dado software? Ou quer comprar um carro novo vá além do limite de
você do seu atual, que é de 220 Km/hora. Você, alguma vez acelerou a essa
velocidade? E ainda acha que vai acelerar com o novo carro?
De acordo com levantamento realizado
pela Associação Comercial de São Paulo, homens e mulheres dividem o mesmo lugar
no pódio – 50% para cada sexo entre os inadimplentes. Quebrando o mito de que
mulheres são mais consumistas do que homens e vice-versa.
7 – Planejamento automobilístico:
Você sabe quanto o seu carro vai custar e quanto ele vai deixar de te fazer
ganhar? Você já calculou tudo o que é inerente a essa aquisição? Então vamos
lá:
Calcule quanto você realmente vai pagar caso resolva
financiar parcial ou integralmente seu veículo (preço do produto + juros
do financiamento); o IPVA de pelo menos 3 anos; os gastos em combustível
- que variam de um modelo para outro (e errar nisso vai custar caríssimo
ao seu bolso ao longo de 2 anos); a frequência na necessidade de manutenção do
modelo que está pesquisando – se for um modelo que exige constante manutenção,
irá levar muito de seus proventos; acrescente a isso o seguinte pensamento:
quanto você ganharia se colocasse esse dinheiro todo em um investimento de
renda fixa no prazo de três anos.
A perder de vista
Se um carro que vale 25.000 reais, for financiado
em 48 meses, vai custar 38.000 reais depois da última prestação.
Em 12
meses (em reais)
|
Em 48 meses (em reais)
|
|
Prestações
|
R$ 2.349,00
|
R$ 798,00
|
Valor Total
|
R$ 28.194,00
|
R$ 38.330,00
|
Valor do Juro
|
R$ 3.194,00
|
R$ 13.330,00
|
TAXA MENSAL DE JURO DE 1,9%, PREFIXADA. FONTE:
JOSÉ DUTRA VIEIRA SOBRINHO
|
(Revista VOCÊ S/A – Edição Especial; N° 16; Tempo É
Dinheiro – página 29).
8 – Visões distintas:
“Não é o capital que é escasso, e sim a
visão.”
Sam Walton – C.E.O. da Rede Wal Mart de
supermercados.
Ricos e
pessoas de mentalidade pobre têm visões muito diferentes a respeito
do dinheiro. Para as pessoas de mentalidade pobre, o dinheiro é uma
fonte de prazer imediato; já para os ricos os ricos, ele deve ser
acumulado para proporcionar liberdade, como defenderia T.
Harv Eker, o escritor do livro Os
Segredos da Mente Milionária.
Outra
peculiaridade notória está no valor em que cada uma das classes dá
ao recurso monetário. Ao verem uma moeda de 10 centavos no chão, os
mentalmente pobres pensam: “São só dez centavos!”; já pessoas
ricas pensam “Ótimo! Mais dez centavos.”
Uma dica
simples para saber de que visão você se aproxima mais é imaginar a
seguinte situação:
Você está caminhando,
às 10:00 horas da manhã, pelas ruas de uma movimentada praça que
costuma frequentar. Durante o passeio, vê uma moedinha de 5 centavos
atirada no chão. Pergunta: você se abaixaria para
pegá-la? Pessoas ricas, certamente que sim. Já pessoas de
mentalidade pobre pensariam: “Deixa pra lá. São só cinco
centavos!” Enfim, os ricos valorizam cada centavo, os pobres não,
e é exatamente por isso que ainda são pobres. Quem á tem uma
conduta ruim com pouco dinheiro terá uma ainda pior com muito
dinheiro. É uma ilusão.
“Aprendi
que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as
que você perdeu.”
William Shakespeare
9 – Ambição e a ganância:
A
ambição é a mãe de virtudes; a ganância é a mãe de muitos
defeitos. Muito se ouve dizer que pessoas que acumulam muito dinheiro
são corruptas. Escutamos frases como: “Os ricos guardam todo o
dinheiro para si, e é por isso que não sobra nenhum para mim!”
Será mesmo? Quando alguém investe em ações, você sabe o que esta
pessoa está fazendo? Ela está incentivando um negocio a crescer, a
gerar empregos, a aquecer a economia do país. É comum também
vermos pessoas ricas doando milhões e em alguns casos bilhões para
instituições de caridade. E você? Quando foi a última vez que
você fez por conta própria uma doação para a caridade?! É a
ambição de pessoas ricas que as permite acumular e fazer caridade.
“Dinheiro
é poder, e é preciso ser razoavelmente ambicioso para ganhá-lo.
Deve ser assim pois, dessa forma, é possível praticar mais boas
ações com ele do que sem ele.”
“O
dinheiro apenas intensificará aquilo que você já é.”
T. Harv Eker
10 – Instrução Financeira:
Mantenha-se
em constante aprimoramento no setor de educação financeira. Faça
cursos, compre livros e revistas de qualidade a respeito do assunto.
Dedique todos os meses um valor da sua renda para a instrução
financeira.
“Se você acha que a instrução é cara,
experimente a ignorância.”
T. Harv Eker
“Conhecimento é poder. E poder é
capacidade de agir.”
T. Harv Eker
“Existem investimentos que estão sempre em alta no mercado, educação é um deles.”
Plano Corporativo XP Investimentos
11 – Viva o presente:
As pessoas
ricas acreditam na seguinte ideia: “Eu crio minha própria vida. As
pessoas de mentalidade pobre acreditam na seguinte ideia: “Na minha
vida, as coisas acontecem.” Essa visão é defendida por T. Harv
Eker, o escritor de Os Segredos da Mente Milionária. Por pior
que seja sua situação financeira, comece a pensar em seu progresso
agora, e não fique pensando “Se no passado eu tivesse feito
isso... se não houvesse ocorrido aquilo... se o Governo... se...”!
Cada mortal é responsável pelo próprio destino. Lembre-se: seja
boa ou ruim, você está na condição em que está por
responsabilidade única e exclusivamente sua.
“É uma verdadeira insanidade fazer sempre o que você sempre fez e esperar por resultados diferentes.”
“Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu.”
Ditado Oriental
“Aquele que desperdiça o dia de hoje, lamentando o de ontem, desperdiçará o de amanhã, lamentando o de hoje.”
P. Raskin
P. Raskin
12 – Compra de imóvel:
Uma técnica simples para evitar o endividamento é nunca comprar um imóvel com valor superior a duas vezes a sua renda familiar anual. Exemplo: se você e seu cônjuge juntos têm uma renda anual de R$ 50 mil, o valor máximo que devem pagar em um imóvel não deve jamais ultrapassar os R$ 100 mil. Evite financiamentos de prazo a perder de vista. Lembre-se de que um financiamento longo fica até três vezes mais caro para o seu bolso!
Reportagem da Revista VOCÊ S/A:
Tempo é Dinheiro
Financiamentos com prazo longo podem ficar até três
vezes mais caros.
A tentação é
grande: se a prestação couber no bolso, por que não financiar a
compra do objeto de desejo, ainda que com parcelas a perder de vista?
Afinal, quanto maior o prazo de pagamento, menor o desembolso a cada
mês. A estratégia, porém, custa caro. “Ao esticar os prazos, se
gasta muito ais com o pagamento de juros” diz José Dutra Vieira
Sobrinho, especialista em matemática financeira e vice-presidente da
Ordem dos Economistas do Brasil.
O professor fez
um cálculo que vai deixa-lo de queixo caído. Suponha que você
decida comprar um carro e financie R$ 25.000, em 12 meses, com taxas
com taxa de juro mensal de 1,9%. Sabe quanto vai pagar só de juros?
O valor de 3.194,00 reais, considerando que as prestações mensais
serão de 2.349,50 reais. Agora, se o prazo para o mesmo
financiamento do carro for maior, de 48 meses, e as parcelas ficarem
bem mais baratas, em 798,55 reais, o gasto com pagamento de juros
saltaria para 13.330,40 reais, 317% a mais do que o valor no
parcelamento de 12 meses. De cair o queixo, não?
A situação no
crédito imobiliário é ainda mais pavorosa é ainda mais pavorosa.
Em um financiamento no valor de 400.000 reais, com prazo de 10 anos e
taxa anual de 10,5%, o pagamento de juros vai somar 235.014,80 reais,
usando a Tabela Price, em que as prestações ficam sempre iguais. Se
o mesmo financiamento dor estendido para 30 anos, o gasto com juros
vai para 866.469,20 reais. Serão 631.454,40 reais a mais do que o
valor pago de juros em um prazo de 10 anos. Os cálculos não
incluem correção monetária. Os valores de pagamento de juros
dispararam por causa do juro composto. Neste caso, os juros incidem
sobre o valor das parcelas e também sobre o saldo devedor. No mundo
das finanças, tempo é dinheiro. Quanto maior for o prazo para
pagamento, mais dinheiro você vai gastar.
Prazo longo é ruim
O financiamento de uma casa no valor de 400.000 reais triplica de preço quando o crédito é feito por 30 anos.
Em 10 anos (em reais)
|
Em 30 anos (em reais)
| |
Prestações
|
5.291
|
3.517
|
Valor Total
|
635.014
|
1.266.469
|
Valor do Juro
|
235.014
|
866.469
|
JURO DE 10,5% AO ANO, TABELA PRICE, NÃO INCLUI CORREÇÃO PELA TR, SEGURO OU OUTRAS TAXAS. FONTE: José Dutra Vieira Sobrinho.
|
A perder de vista
Se um carro que vale 25.000 reais, for financiado em 48 meses, vai custar vai custar 38.000 reais depois da última prestação.
Em 12 meses (em reais)
|
Em 48 meses (em reais)
| |
Prestações
|
R$ 2.349,00
|
R$ 798,00
|
Valor Total
|
R$ 28.194,00
|
R$ 38.330,00
|
Valor do Juro
|
R$ 3.194,00
|
R$ 13.330,00
|
TAXA MENSAL DE JURO DE 1,9%, PREFIXADA. FONTE: JOSÉ DUTRA VIEIRA SOBRINHO
|
(Revista VOCÊ S/A – Edição Especial; N° 16; Tempo É Dinheiro – página 29).
13 – Matrimônio e patrimônio:
Você é casado? Tem um cônjuge? E,
ainda por cima, acha que a culpa de 90% dos seus problemas
financeiros é dele/dela?! Tenho uma intrigante notícia para você:
a culpa é sua!
Deixou ou até mesmo a seu cônjuge para administrar as
finanças do lar? Porque você mesmo não fez isso? No momento em que
você abre mão de cumprir uma obrigação ou de usufruir de um
direito, não pode mais reclamar das consequências. Você é o
responsável pelo seu destino. Preferem conta compartilhada porque é
mais cômodo? Não gostam de conversar sobre dinheiro por medo ou
vergonha? Os motivos para se esquivar às responsabilidades
econômicas são infinitos, os resultados não.
A solução é simples, mas penosa: sentar-se com o
cônjuge para uma conversa franca em uma hora calma e descontraída,
e não apenas quando chegar algum boleto surpreendente ou quando as
dívidas já estiverem sufocando o amor do casal e minando-o com
rancor e desprezo. Lembre-se de deixar as emoções de lado e estar
emocionalmente sóbrio ao iniciar a conversa. Reconheça suas falhas
no quesito dinheiro e tenha como foco a melhoria da situação e não
descontar a frustração e a raiva em quem não merece. Você
escolheu essa pessoa para “...amar e respeitar na saúde e na
doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza até
que a morte os separe!” Isso fora o fato de que os casais
endividados e consumistas têm significativamente maior chance de
incorrer em divórcio do que os casais sem dívidas e isentos de
excessivas preocupações financeiras. Estes podem dar-se o luxo de
enviar rosas em quaisquer datas especiais e até mesmo em dias
comuns, trocar presentes sem culpa, ir ao cinema, dormir num motel em
uma noite especialmente romântica, dar aos filhos uma educação de
elite, viajar nas férias...
“Já
constatamos, muito tempo atrás, que tanto os hábito do marido
quanto da esposa determinam as variações na acumulação de
riqueza.”
Thomas
J. Stanley e William D. Danko
“Um
lar dividido quanto à sua orientação financeira não acumulará
riqueza significativa.”
Thomas
J. Stanley e William D. Danko
No que toca à falta de comunicação,
aqui vai uma história para se refletir:
Administrar com o Coração
Melburn
McBroom era o chefe autoritário cujo mau gênio intimidava os que
trabalhavam com ele. Essa faceta de sua personalidade não seria tão
significativa caso ele trabalhasse num escritório ou fábrica. Mas
acontece que McBroom era piloto de uma companhia aérea.
Em 1978,o avião de
McBroom aproximava-se de Portland, Oregon, quando ele percebeu que
havia uma problema no trem de aterrissagem. Executou um procedimento
padrão, circulando o campo de pouso
em grande altitude, enquanto tentava resolver o problema do
mecanismo.
Enquanto se fixava no trem de aterrissagem,
os medidores de combustível andavam rapidamente para o nível zero.
Como os copilotos tinham muito medo das reações dele, mesmo
antevendo a tragédia, ficaram calados. O avião caiu, matando
centenas de pessoas.
(DANIEL GOLEMAN, Inteligência Emocional; Editora Objetiva, 37ª edição. Página 29.)
14 – Em último caso, contrate um especialista:
Você se lembra
do Coiote do desenho do Papa-Léguas da produtora de desenhos animados Disney?
Ele inventava diversas maneiras inusitadas para capturar sua preza – o
Papa-Léguas –, fracassava vez após vez, tentativa após tentativa, e sempre
mantinha a certeza de que a seguinte funcionaria. Ficava andando em círculos e
nunca atingiu o seu objetivo. Se ele tivesse parado de gastar suas energias e
seus recursos com planos mirabolantes e tivesse a ajuda de alguém especializado
na área, talvez ele tivesse apanhado seu jantar com certa eficiência. Nunca vi
o final da série, mas se me pedissem para adivinhá-lo, diria que o coiote
morreu de fome.
Em última
instância, se você realmente não consegue se administrar, controlar seus
impulsos, se organizar, não vê tempo ou não tem ânimo para gerir a própria vida
financeira, contrate um especialista, ou seja, alguém competente e que
realmente possa auxiliá-lo em sua busca pela liquidação de dívidas e acúmulo
patrimonial razoável. Um bom contador pode ser uma ótima pedida. Não invente
moda. Não pense que você vai solucionar sua vida financeira com uma tacada de
mestre da noite para o dia. Lembre-se de que você chegou até a situação atual
com uma mentalidade imediatista. Tenha em mente que, se você não consegue gerir
sua vida financeira doméstica, jamais conseguirá gerenciar um negócio de
sucesso, mesmo que ele venha de herança ou que você ganhe na loteria. Mude de
mentalidade, para não morrer de fome, literalmente.
“A educação financeira tem raízes amargas, mas seus frutos são doces.”