Reportagem da INFOMONEY acerca de carta escrita pelo megainvestidor Warren e. Buffet aos acionistas a mais de 50 anos atrás.
Após meio século, carta de Warren Buffett ainda tem muito a ensinar
“Acho que podemos estar bastante certos de que, nos próximos 10 anos, haverá alguns anos onde o mercado no geral estará 20% ou 25% positivo, outros onde ele estará negativo na mesma ordem, e uma maioria onde ele estará no meio-termo. Não tenho ideia sobre a sequência em que isso deve acontecer, e nem acho que isso terá uma grande importância aos investidores em longo prazo”, escreveu Buffett.
Esta carta não tem recebido grande atenção ultimamente, mas o motivo é justificável: ela é datada de 6 de julho de 1962. Mas mesmo meio século depois, o conselho de Buffett para ignorar as oscilações de curto prazo ainda ressoa no mercado e parece fazer muito sentido.
No entanto, se muitos investidores têm dificuldade de pensar nos próximos 10 dias, quem dirá nos 10 anos seguintes. É claro que hoje a situação é outra e alguns medos são justificáveis. Ter uma boa rentabilidade é algo primordial, mas o medo de perder tudo em um único lance acaba deixando muitos paralisados.
Em 1962, os investidores também tinham justificativas palpáveis para sentirem tanto medo. A Guerra fria entre os EUA e União Soviética causou muito medo e incerteza e o índice Dow Jones viu seus ganhos do ano anterior virarem pó em apenas seis meses, com uma perda de 23%.
Lições antigas, conselhos atuais
Mesmo diante das turbulências enfrentadas, Buffett se manteve calmo e não saiu do posto que defendia. De acordo com ele, não era necessário dar tanta importância para resultados entre 6 meses e 1 ano. “O desempenho dos investimentos deve ser analisado por um certo período de tempo, tanto quando o mercado avança quanto quando ele recua”, afirmou ele, também em 1962, aos seus investidores.