sábado, 9 de junho de 2012

O CÉREBRO E O SEU DINHEIRO

      O investidor que se informa constantemente sobre ações ou fundos e sempre muda seu portfólio em busca dos que dão mais lucro se sai muito melhor do que aquele paradão, certo? Errado. Em um Estudo que virou referência, o professor Ph.D. em contabilidade Ilia Dchiev, da Emory University (EUA), mostrou que quem pula de galho em galho acaba levando um belo tombo – e olha que ele foi atrás de dados na bolsa desde 1926. Segundo pesquisas, o grupo que mais muda seus investimentos ganha quase metade da média.
            E o problema só piorou: a internet aumentou o número de vendas e reduziu os ganhos com pouca informação, as pessoas acham que sabem muito e tendem a fazer mais transações. E piores negócios”, diz o Ph.D. em Frank Yates, da Universidade de Michigan. Para se ter ideia de como isso atrapalha, de 1988 a 2008, os fundos de ações dos EUA tiveram lucro médio de 8,4% ao ano. “Mas os investidores desses fundos, ganharam apenas 1,9% porque ficaram entrando e saindo de aplicações da moda”, diz Gary Belsky.

(Revista GALILEU – dezembro de 2011; N° 245; O Cérebro e o seu Dinheiro – página 61).







Reportagem da Revista Galileu:
               
Quando R$ 1 não vale R$ 1

          Você vai à uma loja comprar um abajur por R$ 100,00, mas descobre que, na filial a cinco quarteirões, o mesmo abajur está em promoção por R$ 65,00. Você anda até lá?
          Desta vez, você está comprando um conjunto de mesas e cadeiras por R$ 1.775,00, mas descobre que, a cinco blocos dali, é vendido por R$ 1.740,00. Você anda até lá?

                “A maioria responde sim na situação 1, e não na 2. Acontece que a decisão é a mesma: andar cinco quadras para poupar R$ 35,00”. Diz Gary Belsky, especialista em economia comportamental. O exemplo usado em seus seminários mostra outra tendência da mesma “contabilidade” mental” do item anterior. Tratamos a mesma soma de dinheiro com se tivesse valor diferente em compras caras. Por mais que alguém considere um absurdo gastar R$ mil  em um aparelho de som para o carro, adicionar esse gasto em um carro novo de R$ 35 mil parece menos doloroso. Outro exemplo é o seguro contra danos para computador na hora da compra. Em que outro momento você pensaria na possibilidade de ir atrás desse seguro?
O que fazer
                Divida as compras em pequenas partes. Vai comprar um computador de R$ 2 mil? Pense se pagaria R$ 400, por um upgrade para colocar um pouco mais de memória. Você iria até uma loja gastar R$ 150,00 em uma capa plástica para ele? Gastaria R$ 200,00 num mouse em vez de R$ 50,00 só porque ele é sem fio?
(Revista GALILEU – dezembro de 2011; N° 245; O Cérebro e o seu Dinheiro – página 60).

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